Relações Sociais e Políticas na Contemporaneidade
sábado, 14 de agosto de 2021
Conclusão do Componente Curricular: Relações Sociais e Políticas na Contemporaneidade
terça-feira, 3 de agosto de 2021
Já ouviu falar no Movimento Black Feminism? E em Interseccionalidade?
REFERENCIAS:
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro/Ed. Jandaíra, 2020.
MORAES, Eunice Lea de; SILVA, Lucia Isabel Conceicão da. Feminismo negro e a interseccionalidade de gênero, raça e classe. In Cadernos de Estudos Sociais e Políticos, Rio de Janeiro, vol. 7, nº 13, p. 58-75, 2017.
SUGESTÃO DE Videografia:
Kimberle Crenshaw - A urgência da interseccionalidade. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vQccQnBGxHUsábado, 17 de julho de 2021
Já ouviu falar em CIBERCULTURA?
Com a informatização da sociedade, começou na década de 70 do século XX, parece já estar estabelecida nas principais cidades ocidentais desenvolvidas. Uma nova fase da sociedade da informação, iniciada com a popularização da internet na década de 80, e radicalizada com o desenvolvimento da computação sem fio, pervasiva e ubíqua, a partir da popularização dos telefones celulares, das redes de acesso à internet. Trata-se de transformações nas práticas sociais, na vivência do espaço urbano e na forma de produzir e consumir informação.
A cibercultura nada mais é que a cultura contemporânea marcada por tecnologias digitais, vivemos a cibercultura de diversas formas como: cartões inteligentes, home banking, celulares e tantos outros meios tecnológicos.
A cibercultura nasce no desdobramento da relação da tecnologia com a modernidade. Como diz Lemos, a internet é uma incubadora de instrumentos de comunicação, o maior uso da internet é para busca efetiva de conexão social (e-mail, listas, blogs, fóruns, webcams…). "Poderíamos dizer que o nosso futuro do presente é mais humano do que o futuro do passado pensado pelas utopias e distopias do século XX. Assim, longe de um mundo dos Jetsons (limpo, feliz, asséptico, robotizado) ou mesmo de um total deserto do real de 1984, a sociedade contemporânea está viva no que o humano tem de mais radical, um presente caótico, violento. Devemos assim estar abertos às potencialidades das tecnologias da cibercultura e atentos às negatividades das mesmas. Devemos tentar compreender a vida como ela é e buscar compreender e nos apoderar dos meios sócio-técnicos da cibercultura. Isso garantirá a nossa sobrevivência cultural, estética, social e política para além de um mero controle maquínico do mundo. Para os que sabem e querem olhar, nas diversas manifestações socioculturais da cibercultura contemporânea podemos constatar que ainda há vida para além da artificialização total do mundo".
Um texto de fácil compreensão e realista, segue uma sugestão de um vídeo, onde Lemos aborda alguns pontos atuais da cibercultura no mundo, e no Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=hCFXsKeIs0w
Consumidores ou Protagonistas?
A obra A Sociedade do Espetáculo do sociólogo francês, também cineasta e autor da filosofia contemporânea ou pós moderna, Guy Debord, apresenta o mundo pós revoluções e ascensão capitalista, a dominação Midiática.
Segundo Debord, é o que une a sociedade. O uso da imagem em meado do século XX onde a indústria cultural passou a vender as produções midiáticas não só como algo artístico e digno de admiração, mas com o domínio principalmente da imagem, as quais por suas origens tem a dominação da realidade, passou-se a ter um controle humanístico, causando até mesmo uma confusão entre ficção e realidade.
Nos dias atuais, os meios de interação por meio da imagem são muito maiores, o que torna muito mais intenso a probabilidade de fantasiar-se a realidade, em suas mais distintas ramificações, que de forma difusa, vem transformando a vida em um espetáculo a muitos e diversos espectadores tendo como palco as redes sociais via internet, onde cada um se torna protagonista de suas ficções.
O que para Debord, não deixa de ser considerado um meio de unificação, por meio dos cliques e possíveis escolhas, o controle midiático vai percebendo e ofertando ainda mais imagens de interesses próprios de cada individuo, o que passa a ser improvável fugir deste controle ou estratégia de dominação em massa social, os sistemas de controle midiáticos torna o próprio consumidor em produto.
INDICAÇÃO DE FILME: Sociedade do Espetáculo 1973 (Legendado). Filme produzido a partir do livro homônimo de 1967, de Guy Debord. Contém ideias que nortearam as revoltas de 1968 na França. https://www.youtube.com/watch?v=q0AJ66Rb-1o&t=20s
Livro disponível em: https://www.marxists.org/portugues/debord/1967/11/sociedade.pdf
segunda-feira, 28 de junho de 2021
COMUNIDADE: A busca por segurança no mundo atual - BAUMAN, Zygmunt.
“A promoção da segurança sempre requer o sacrifício da liberdade, enquanto esta só pode ser ampliada à custa da segurança. Mas segurança sem liberdade eqüivale a escravidão; e a liberdade sem segurança eqüivale a estar perdido e abandonado. Essa circunstância provoca nos filósofos uma dor de cabeça sem cura conhecida. Ela também torna a vida em comum um conflito sem fim, pois a segurança sacrificada em nome da liberdade tende a ser a segurança dos outros; e a liberdade sacrificada em nome da segurança tende a ser a liberdade dos outros”.
REFERÊNCIA:
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003. Disponível em: https://observatorio03.files.wordpress.com/2010/02/bauman_zygmunt_-_comunidade1.pdf Acesso: 28/Junho/2021. (Leitura dos capítulos: Uma introdução, ou bem-vindos à esquiva comunidade e A agonia de Tântalo).
Sugestão de Vídeo:
Bauman: Café Filosófico - Estratégias para a vida. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7BbMKM1bcSw&t=449s
Será que realmente entendemos a palavra "sociedade"?
Partindo daquela velha e não errônea compreensão de sociedade, Norbert Elias traz uma outra forma de pensar sociedade. A qual só existe porque isoladamente as pessoas fazem coisas que se estruturam e geram transformações que se tornam históricas independentes das intenções particulares. Norbert traz em sua obra Sociedade dos Indivíduos, o exemplo singelo porém de grande relevância deixado por Aristóteles, da relação entre as pedras e casa, considerando que tanto o indivíduo quanto a sociedade conjuntamente formada, eles são igualmente desprovidos de objetivos, nenhum existe sem o outro, simplesmente existem, embora essa observação não passa de um canal evidente. Há uma ordem invisível nos quais os objetivos individuais são introduzidos, não devendo sua origem a soma de vontades, segundo Norbert a interdependência das funções humanas sujeita ao indivíduo na formação da sociedade. E quaisquer tenham sido os ancestrais da humanidade até onde podemos ver, a uma cadeia ininterrupta de pais e filhos, e não se pode entender como e porque os indivíduos se ligam em uma cadeia maior. "A forma individual do adulto é uma forma específica de cada sociedade a qual ele está inserido".
“Não existe um grau zero da vinculabilidade social do indivíduo, um começo ou ruptura nítida em que ele ingresse na sociedade como que vindo de fora, como um ser não afetado pela rede, e então comece a se vincular a outros seres humanos, o indivíduo sempre existe no nível mais fundamental, na relação com os outros, e essa relação tem uma estrutura particular específica de sua sociedade”.
REFERÊNCIA:
NORBERT, Elias. A Sociedade dos Indivíduos (1939) In: A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1994 (tópico I e II), p. 12 a 26 do pdf.
Você pode fazer download do texto através deste Qr Code |
SUGESTÃO DE VIDEO:
Biografia de Norbert Elias; disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lNxq_B9Oz9I
Sabemos para onde estamos indo? Sabemos como a história nos trouxe até este ponto?
Além de uma abordagem ecológica e de expansão social com o aumento populacional e a relação demográfica, quanto a economia com crises as possíveis chances de pobres se aproximarem dos ricos seriam muito prováveis estreitando em partes o abismo entre eles, na política os governos começam a perder sua supremacia e passam a ser submetidos às percepções do povo. Passando a ser o maior problema político não a multiplicação dos bens mas saber distribuí-los, logo depois questionasse quanto a existência de autoridades globais e termina com a seguinte colocação:
"Não sabemos para onde estamos indo. Só sabemos que a história nos trouxe até este ponto e (...). Contudo, uma coisa é clara. Se a humanidade quer ter um futuro reconhecível, não pode ser pelo prolongamento do passado ou do presente. Se tentarmos construir o terceiro milênio nessa base, vamos fracassar. E o preço do fracasso, ou seja, a alternativa para uma mudança da sociedade, é a escuridão".
SUGESTÃO DE VIDEO:
Conclusão do Componente Curricular: Relações Sociais e Políticas na Contemporaneidade
Ao decorrer de todo o Componente Curricular, foram apresentadas diversas abordagens de questões sociais, culturais e políticas do pensamen...
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O engenheiro, mestre em Política de Ciência e Tecnologia pela coppe/ufrj e doutor em Sociologia pela Université Paris V, pós-doutor pelas U...
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