sábado, 17 de julho de 2021

Já ouviu falar em CIBERCULTURA?

O engenheiro, mestre em Política de Ciência e Tecnologia pela coppe/ufrj e doutor em Sociologia pela Université Paris V, pós-doutor pelas University of Alberta e Mcgill University no Canadá... E que atua na área de Comunicação e Sociologia André Lemos, traz em sua obra intitulada CIBERCULTURA, a definição e alguns pontos bem sintetizados que ajudam no esclarecimento de compreensão acerca do assunto.
Com a informatização da sociedade, começou na década de 70 do século XX, parece já estar estabelecida nas principais cidades ocidentais desenvolvidas. Uma nova fase da sociedade da informação, iniciada com a popularização da internet na década de 80, e radicalizada com o desenvolvimento da computação sem fio, pervasiva e ubíqua, a partir da popularização dos telefones celulares, das redes de acesso à internet. Trata-se de transformações nas práticas sociais, na vivência do espaço urbano e na forma de produzir e consumir informação.


A cibercultura nada mais é que a cultura contemporânea marcada por tecnologias digitais, vivemos a cibercultura de diversas formas como: cartões inteligentes, home banking, celulares e tantos outros meios tecnológicos.

A cibercultura nasce no desdobramento da relação da tecnologia com a modernidade. Como diz Lemos, a internet é uma incubadora de instrumentos de comunicação, o maior uso da internet é para busca efetiva de conexão social (e-mail, listas, blogs, fóruns, webcams…). "Poderíamos dizer que o nosso futuro do presente é mais humano do que o futuro do passado pensado pelas utopias e distopias do século XX. Assim, longe de um mundo dos Jetsons (limpo, feliz, asséptico, robotizado) ou mesmo de um total deserto do real de 1984, a sociedade contemporânea está viva no que o humano tem de mais radical, um presente caótico, violento. Devemos assim estar abertos às potencialidades das tecnologias da cibercultura e atentos às negatividades das mesmas. Devemos tentar compreender a vida como ela é e buscar compreender e nos apoderar dos meios sócio-técnicos da cibercultura. Isso garantirá a nossa sobrevivência cultural, estética, social e política para além de um mero controle maquínico do mundo. Para os que sabem e querem olhar, nas diversas manifestações socioculturais da cibercultura contemporânea podemos constatar que ainda há vida para além da artificialização total do mundo".

Um texto de fácil compreensão e realista, segue uma sugestão de um vídeo, onde Lemos aborda alguns pontos atuais da cibercultura no mundo, e no Brasil.




REFERÊNCIA:
Lemos, André; Cunha, Paulo (orgs). Olhares sobre a Cibercultura. Sulina, Porto Alegre, 2003; pp. 11-23 CIBERCULTURA. Alguns pontos para compreender a nossa época. 

SUGESTÃO DE VIDEO: O que é Cibercultura? (5min54seg) Lemos. André,
https://www.youtube.com/watch?v=hCFXsKeIs0w

Consumidores ou Protagonistas?

A obra A Sociedade do Espetáculo do sociólogo francês, também cineasta e autor da filosofia contemporânea ou pós moderna, Guy Debord, apresenta o mundo pós revoluções e ascensão capitalista, a dominação Midiática.

Segundo Debord, é o que  une a sociedade. O uso da imagem em meado do século XX onde a indústria cultural passou a vender as produções midiáticas não só como algo artístico e digno de admiração, mas com o domínio principalmente da imagem, as quais por suas origens tem a dominação da realidade, passou-se a ter um controle humanístico, causando até mesmo uma confusão entre ficção realidade.


Nos dias atuais, os meios de interação por meio da imagem são muito maiores, o que torna muito mais intenso a probabilidade de fantasiar-se a realidade, em suas mais distintas ramificações, que de forma difusa, vem transformando a vida em um espetáculo a muitos e diversos espectadores tendo como palco as redes sociais via internet, onde cada um se torna protagonista de suas ficções.

O que para Debord, não deixa de ser considerado um meio de unificação, por meio dos cliques e possíveis escolhas, o controle midiático vai percebendo e ofertando ainda mais imagens de interesses próprios de cada individuo, o que passa a ser improvável fugir deste controle ou estratégia de dominação em massa social, os sistemas de controle midiáticos torna o próprio consumidor em produto.




INDICAÇÃO DE FILME: Sociedade do Espetáculo 1973 (Legendado). Filme produzido a partir do livro homônimo de 1967, de Guy Debord. Contém ideias que nortearam as revoltas de 1968 na França. https://www.youtube.com/watch?v=q0AJ66Rb-1o&t=20s

Livro disponível em: https://www.marxists.org/portugues/debord/1967/11/sociedade.pdf

Conclusão do Componente Curricular: Relações Sociais e Políticas na Contemporaneidade

  Ao decorrer de todo o Componente Curricular, foram apresentadas diversas abordagens de questões sociais, culturais e políticas do pensamen...